Instalando Arch Linux descomplicado


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Depois de muuuuito tempo sem postar, quase um ano, eu posso dizer finalmente que VOLTEI! Não morri, felizmente, apenas não tinha conteúdo interessante suficiente para compartilhar, nem interesse o suficiente para continuar as postagens frenéticas que eu tinha. Minhas experiências com Linux já ajudaram muitas pessoas e eu não tinha muito pra onde ir se eu não tinha mais tantas experiências desafiadoras assim. Sim, eu ainda uso Linux firme e forte, mas nenhuma experiência com Linux tem chamado muita minha atenção, e eu ainda estou realizando vários testes com o Wine para rodar jogos de forma cada vez mais otimizada.

E foram nesses testes que eu resolvi inovar um pouco. Resolvi instalar o Arch Linux por ser uma distribuição que possui um repositório muito vasto e que possui pacotes bastante interessantes para o Wine. Não vou entrar em detalhes sobre isso agora, até porque esse não é o foco.

Como eu encontrei diversos problemas durante a instalação do sistema, e tive que quebrar muuuito a cabeça para resolver algumas coisas bem chatas que eu acabei descobrindo que o Kernel 4.5  do Linux estava causando pro meu PC (erros como falha de memória), eu finalmente consegui instalar o sistema de forma satisfatória, e ainda estou me ajeitando em tudo aqui.

Se você tem interesse em instalar o Arch Linux, recomendo que leia esse tutorial, já que eu vou explicar passo-a-passo do que fazer, e se algum comando aqui não servir pra você, também posso te indicar algumas opções!

Antes de mais nada, gostaria também de indicar alguns tutoriais que me ajudaram a instalar esse sistema, e podem servir de complementação pra esse texto. Como a instalação é algo bem “padrão”, alguns comandos são exatamente os mesmos, não tem como fugir muito disso. A diferença é que eu explicarei para que serve cada comando e o que você deve fazer caso esteja “engasgado”:

https://www.vivaolinux.com.br/artigo/Arch-Linux-Instalacao-sem-complicacao

https://www.vivaolinux.com.br/artigo/Arch-Linux-Instalacao-completa

https://wiki.archlinux.org/index.php/Installation_guide_%28Portugu%C3%AAs%29

Lembrando que a Wiki do Arch é riquíssima em conteúdo e pode te ajudar em diversas situações. Recomendo que visitem a página deles para quaisquer problemas que enfrentarem.

Lembrando que: O Arch Linux não foi feito para pessoas completamente leigas, e a instalação dele é bastante complicada para esse tipo de pessoa. Se você é iniciante no Linux, mas deseja mesmo assim se aventurar, fique por sua conta e risco! Não me responsabilizo por quaisquer perda de dados ou danos causados a sua máquina.

Sem mais delongas, vamos ao que nos interessa realmente:

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Manjaro Linux


Skin2

É, já tem um tempo que eu não posto nesse site, já estive até me esquecendo, e mais recentemente eu estive brincando um pouco com as configurações do meu notebook e alternando entre sistemas operacionais e então lembrei-me de vir atualizá-los aqui.

Há algum tempo eu havia postado que eu tinha um notebook com Windows 8 pré-instalado e que eu decidi dar uma chance, até porque eu havia pagado pelo sistema (e não tinha como devolver meu dinheiro). Bom, acontece que há algumas semanas atrás eu resolvi ligar o notebook e, para minha surpresa, uma mensagem curiosa aparecia: “O Windows não está respondendo. Deseja fechar o processo?”

Não acredito que tenha sido nenhum vírus nem nada, mas o Windows simplesmente deixou de funcionar, mostrar ícones no desktop ou qualquer coisa do tipo. Sem qualquer paciência pra conseguir um CD de recuperação do Windows 8 ou tentar recuperar a CD Key, eu decidi instalar o bom e velho Ubuntu 14.04 LTS.

Depois de algum tempo com o Ubuntu, e depois de constatar algumas instabilidades no sistema de trocas de drivers (alternar entre os drivers OpenSource e o proprietário da AMD mostrou-se bem instável, já que os resquícios de um driver ainda dominava no sistema), eu resolvi buscar uma distribuição diferente para instalar no notebook. Tentei o Fedora 22, mas não me adaptei bem, já que o Fedora se recusava a instalar diversos programas. Nessas instalações, eu tentei fazer com que alguns jogos funcionassem de forma lisa, instalando através do PlayOnLinux, e não consegui fazer isso nessas duas distribuições, justamente por causa do problema dos drivers (o Fedora tinha problemas ao instalar o driver proprietário da AMD).

Então eu resolvi migrar para o Manjaro. E aqui estou escrevendo com ele, de uma instalação boa no meu PC, e já obtive bons resultados nos meus testes com jogos.

O Manjaro é uma distribuição baseada no Arch Linux, e que visa ser simples de instalar e utilizar, com todas as vantagens que possui um usuário de Arch. Ela é uma distribuição rolling-release, ou seja, ela não possui uma versão fixa, pois está sempre atualizando o usuário com o que há de mais novo, assim como é o Arch Linux. Sua vantagem sobre o Arch Linux é que esta é uma distro que possui LiveDVD e é incrivelmente fácil de instalar, e possui versões com XFCE, KDE, Cinnamon e até mesmo GNOME pré-instalados (além de outras interfaces poderem ser instaladas também).

Manjaro-Linux_8

Ela também possui uma opção parecida com o Ubuntu de poder trocar entre os drivers proprietário e opensource, mas, diferente da minha experiência com o Ubuntu, foi algo muito mais estável e nenhum driver deixou resquício. Atualmente estou usando apenas os drivers Opensource, pois eles se mostraram bem mais rápidos para aquilo que eu queria fazer.

Mas não vou dizer que está tudo perfeito com o sistema, porque não está, mas acredito que os problemas que eu tive foram por pura inexperiência com sistemas Arch-based.

Meu primeiro problema foi logo após a instalação. Eu não conseguia instalar os 105 MB de atualizações por problemas de verificação de chaves PGP, e tive de dar uma boa pesquisada de como resolver isso. Não me lembro exatamente dos passos que segui, mas se você também possui os mesmos problemas, te recomendo alguns comandos no terminal que me ajudaram a resolver isso:

sudo pacman-mirrors -g

sudo pacman -S gnupg

sudo pacman -Syyu

sudo rm /etc/pacman.d/gnupg

sudo pacman-key –populate archlinux

sudo pacman-key –populate manjaro

sudo pacman-key –refresh-keys

Infelizmente eu não me lembro exatamente o que fiz para resolver, mas esses comandos estão no meu histórico no terminal, então acredito que eles me ajudaram a resolver o problema.

Outro problema que eu vejo é que às vezes eu não consigo instalar programas porque ocorre um erro com alguma dependência que não pode ter sua chave verificada com o Makepkg ou algo assim. Se alguém tiver alguma dica de como resolver esse tipo de problema, deixe nos comentários, porque eu ainda sou novo nesse sistema de instalação do Arch.

Também tive um grande problema de personalização. Eu personalizei tanto meu XFCE que acabei bugando as Configurações de Aparência (mudar estilo das janelas) do XFCE e, aparentemente, do Cinnamon também, porque eu não consigo abrir ambos. Ao abrir no terminal ocorre uma Falha de segmentação, e o programa fecha sem ao menos dar qualquer dica do que causou essa falha. Mais uma vez, se alguém tiver alguma ideia de como resolver isso, sou todo ouvidos! Por esse e outros motivos eu instalei o KDE Plasma 5 (que também deu um certo trabalho pra instalar, já que há pouca documentação sobre como instalar o Plasma 5 no Manjaro de forma que não dê erros), e também tive que substituir o LightDM pelo SDDM, já que toda vez que eu tentava logar no Plasma, ele me jogava numa sessão do XFCE e eu só conseguia acessar o Plasma se encerrasse a sessão.

A troca do LightDM pelo SDDM também foi um pouco sofrida, já que eu não tinha tanta experiência assim em fazer isso, e precisei de uma boa pesquisa na internet pra fazer isso.

Ah, e eu também não consegui instalar o GNOME. Aparentemente existem dependências conflitantes paradoxais. Se eu remover uma que impede a instalação do GNOME, eu descubro que ela é pré-requisito para um programa essencial do GNOME. Meio estranho. Ainda vou me aprofundar um pouco mais nisso.

Está sendo uma experiência bastante interessante, apesar de todos os problemas (que eu ainda acredito serem causados pela minha noobisse), mas o importante é que o sistema está rodando bem, não tive nenhum Kernel Panic, e fui capaz de até mesmo quase quebrá-lo, mas, acima de tudo, meus testes com jogos estão correndo bem, e estou bastante feliz por ver jogos que gosto muito, que foram feitos para Windows, rodando de forma razoável no Linux através de versões modificadas do Wine. Ainda estou fazendo diversos testes com esses jogos e com diferentes patches do Wine, e se eu conseguir atingir minha meta (fazer os jogos rodarem perfeitamente) eu trago um tutorial aqui no blog para ajudar aqueles que necessitam. Em um desses jogos, sem uma versão especial do Wine, eu possuía um desempenho de 17-25 FPS com os drivers proprietários. Com os drivers OpenSource, tive um pequeno aumento do desempenho: 22-28 FPS. Com versões modificadas do Wine, consegui um desempenho ainda melhor: 33-48 FPS, com picos de 90 FPS. Esses testes não foram tão significativos no Ubuntu e no Fedora, e estão sendo bem interessantes no Manjaro.

Enfim, essa é minha experiência com o Manjaro até o momento, estou gostando bastante e estou sendo capaz de fazer aquilo que quero com o sistema. Se se interessarem por ele, recomendo darem uma chance ao sistema:

http://manjaro.github.io/download/

Vocês podem se surpreender.

Fica a dica,

Até mais 😉

Afinal, o que é KDE, GNOME, XFCE, LXDE? (II)


Como vocês podem ver pelo título, eu já fiz um post sobre isso antes, que você pode acessar clicando aqui, e essa é a segunda versão desse post, e eu resolvi torná-la mais explicativas para os usuários que não se contentaram com a resposta simplista que eu dei naquele post. Se você quer saber mais detalhes sobre o assunto, esse será o post perfeito pra você.

Aliás, esse post continua sendo até hoje e de longe um dos mais visitados do blog, com mais de 20 mil visualizações. Por isso resolvi fazer uma segunda versão, mais explicativa e mais profunda do que esse primeiro post.

Então, como já foi dito, KDE/GNOME/XFCE/LXDE são Interfaces Gráficas dos sistemas operacionais livres (podem ser Linux, BSDs, ou qualquer outro sistema operacional de código aberto (não sabe o que é código aberto? Também já expliquei isso no blog! Veja aqui e aqui).

Que diferença faz uma interface gráfica em um sistema operacional?

Essa pergunta possui uma simples resposta: TODA. A Interface Gráfica controla o modo como você interage com o sistema. Vou te dar um exemplo:

Qual deles você prefere?

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Opção 1

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Opção 2

Por um momento esqueça que existe uma distribuição por trás da Opção 2. Apenas pense no que é que você preferiria usar. Se você for um programador e um adepto da velha programação na unha, provavelmente preferiria a primeira opção. Mas se você é um usuário normal, sem conhecimentos específicos da máquina, você escolheria a Opção 2 quase sem pensar.

A Opção 1 apresenta grandes desvantagens para usuários normais. Primeiro que é necessário conhecer a linguagem do computador que está sendo utilizada ali para poder se comunicar com a máquina e conseguir realizar qualquer trabalho. Segundo que não é uma interface muito amigável nem multitarefa justamente por causa do primeiro motivo.

Vivemos na era das Imagens, e tudo aquilo que vemos precisa ser agradável aos olhos. Creio que para a maioria das pessoas, a Opção 2 seria a mais agradável aos olhos e a mais amigável em quaisquer termos.

A Opção 2 apresenta uma Interface Gráfica. A Opção 1 não.

Basicamente, hoje em dia todos os sistemas operacionais possuem interfaces gráficas. Introduzirei algumas delas para vocês:

w8

Essa é a nova interface do Windows 8, batizada pela Microsoft de Metro em suas versões iniciais. Hoje em dia é simplesmente chamada de Windows 8.

windows7O Windows 7 apresenta uma versão modificada da interface anteriormente apresentada pela Microsoft. Geralmente essa interface é chamada de Aero, assim como os efeitos de janelas.

Stick_With_Windows_XP_DesktopO Windows XP introduziu uma nova era de interfaces gráficas, com uma interface revolucionária conhecida internamente como Luna.

macosO Mac OS foi o primeiro sistema operacional comercial a ser apresentado com uma interface gráfica, ideia esta que havia sido comprada da empresa Xerox nos anos 80. Desde então a Apple tem criado interfaces deslumbrantes, com designs inovadores, como nas novas versões do Mac OS X, que apresenta a interface gráfica chamada Aqua.

Vejam então que no mundo dos sistemas operacionais fechados você está limitado àquilo que o sistema lhe dá por padrão. No Windows depende apenas da versão. No Windows 8 você pode ter Aero e Metro apenas; no Windows 7 apenas Aero; no Windows XP apenas a Luna. No Mac OS X você está limitado ao Aqua e suas funcionalidades.

E no Linux?

Como no Linux tudo é de código aberto, e qualquer um pode criar qualquer coisa a qualquer momento no sistema, nós vivemos então em um gigantesco dilema: qual interface gráfica utilizar? Qual delas é melhor?

Sim! Nós temos poder de escolha! Você tem uma variedade de interfaces gráficas, algumas mais leves que outras; umas mais elegantes, outras prezando apenas a usabilidade.

E não se limita apenas ao Linux. O mundo dos sistemas BSDs também compartilham essas interfaces disponíveis no sistema do pinguim.

Dessas interfaces gráficas, podemos destacar: KDE, GNOME, XFCE, LXDE, MATE, CINNAMON, UNITY, OPENBOX.

E olha que esses são apenas alguns nomes de interfaces gráficas… existem muito mais do que isso…

Detalhe: essas interfaces NÃO podem ser instaladas no Windows.

Vamos então começar a explicar as características delas:

KDE

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KDE 4.12 no sistema OpenSUSE 13.1

O Projeto KDE teve início em 1996 com o programador alemão Matthias Ettrich, que criou uma interface baseando-se em outra interface conhecida como CDE, hoje não mais existente. O KDE é bastante famoso por ser muito similar à interface do Windows, e por isso é muito indicado aos iniciantes no Linux que buscam uma familiaridade com o sistema da Microsoft. Foi escrito usando a biblioteca QT, muito utilizada em toda interface, e por isso os programas sempre são parecidos e possuem um mesmo padrão.

O projeto ganhou a versão 4 há poucos anos, e vem se demonstrando cada vez mais estável e estilosa. O KDE é uma das interfaces livres mais elegantes e modernas que existem. Ela é regida por um sistema batizado como Plasma que permite que o usuário adicione widgets na sua área de trabalho. Os widgets nada mais são do que alguns aplicativos que você pode adicionar livremente no seu sistema. Eles podem ser desde pequenos bloquinhos de papel de lembrete, simulando um post-it, até quadros negros para desenhar.

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Alguns exemplos de Widgets no KDE 4.3 no Fedora

O painel do sistema, ou seja, a barrinha de baixo, é completamente personalizável. Você também pode pôr widgets ali, você pode acrescentar outro painel em qualquer canto da tela, pode deletar todos os widgets… Pode aumentar ou diminuir a barra em ambos os sentidos (horizontal e vertical), pode fazê-la se esconder e tudo mais…

Esse vídeo mostra um recurso muito recorrente no Linux e que também é usado no Mac OS X: várias áreas de trabalho. Esse recurso está presente em praticamente TODAS as interfaces gráficas e não se limita apenas ao KDE.

Para entender melhor o que são essas áreas de trabalho múltiplas: http://whylinuxisbetter.net/items/virtual_desktops/index_br.php?lang=br

Agora chegou a hora de ressaltar uma desvantagem do KDE: ele é muito pesado. Recomenda-se um PC com no mínimo 1 GB de RAM para rodá-lo razoavelmente, já que ele pode iniciar consumindo pelo menos 300 MB de RAM.

GNOME

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GNOME 3.10

O GNOME é uma das interfaces gráficas mais famosas. Foi criado em 1997 pelos mexicanos Miguel de Icaza e Federico Mena Quinteiro, utilizando a biblioteca GTK, que havia sido criada para o desenvolvimento do programa conhecido como GIMP, que hoje é uma grande referência de programa de código aberto de edição de imagens, muitas vezes comparado ao Photoshop.

As versões 2.x do GNOME faziam muito sucesso e eram padrões em muitas distribuições Linux, como no Ubuntu, Fedora, Debian, Red Hat, CentOS, entre outras:

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GNOME 2.24 no Ubuntu 8.10, de 2008

Recentemente, o GNOME resolveu mudar completamente sua interface, alterando para a biblioteca GTK 3, e adotando novos ares de modernidade, o que gerou muita desconfiança, assim como aconteceu com o KDE ao mudar para a versão 4. O GNOME 3, ou GNOME-Shell, teve recepção mista pelo público do Linux, o que obrigou muitas distribuições a buscarem alternativas a Interface nova. O Ubuntu, por exemplo, adotou a interface Unity, que era uma derivação do GNOME, mas se tornou uma interface própria nos últimos anos.

O GNOME era reconhecido por ser muito leve, mas ultimamente vem ganhando mais peso, sendo recomendável 1 GB de RAM para rodá-lo bem, já que ele chega a consumir cerca de 250 a 300 MB de RAM ao iniciar. Ou seja, uma das desvantagens do GNOME novo é que ele é pesado e pode requerer muito do seu processador. Além disso, não é possível customizá-lo como no KDE. Não é possível acrescentar novas barras, novos widgets ou qualquer coisa assim, limitando o usuário.

Unity

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Unity no Ubuntu 12.04

Originada nas versões Netbook do Ubuntu, desenvolvida pela Canonical, empresa que é responsável pelo desenvolvimento e distribuição do Ubuntu, a Unity acabou se tornando uma interface muito importante em uma das distros mais famosas do mundo. Fez sua estreia na versão 11.04, como uma interface alternativa ao GNOME Clássico, e quando estreou como interface padrão, na versão 11.10, teve uma recepção mista, o que levou muitas pessoas a usarem as versões do Ubuntu com outras interfaces (os Kubuntu e Xubuntu, por exemplo, que possuem KDE e XFCE).

A Unity, no entanto, conquistou muitos adeptos com o passar do tempo, se tornando uma boa opção ao GNOME 3, e ganhou diversas funcionalidades desde então. Sua interface é bonita, elegante e possui efeitos interessantes.

Como a Unity é uma interface que requer um pouco do hardware e como sua versão 2D já não está mais em desenvolvimento, seu peso pode ser uma desvantagem no uso da interface, sendo recomendado cerca de 512 MB a 1 GB de RAM para utilizá-la bem. Além disso, a Unity também é limitada no quesito personalização. Não é possível adicionar widgets ou personalizar as barras, apenas adicionar alguns aplicativos e mudar a aparência das janelas e algumas cores do sistema e ícones.

Cinnamon

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Cinammon no Linux Mint

A distribuição Linux Mint nasceu como uma derivação do Ubuntu, desenvolvido por Clement Lefebvre, tornando a interface gráfica do sistema da Canonical bem mais atraente e familiar a usuários leigos. Logo a distribuição se desvencilhava um pouco das amarras do Ubuntu e, apesar de ainda ter o sistema como base, ele possui programas próprios e repositórios próprios.

Como o Ubuntu tinha o GNOME como interface padrão, o anúncio do GNOME 3 estremeceu as relações da Canonical com o GNOME e os levou à utilização da Unity. Os criadores do Linux Mint, no entanto, se recusavam a usar ambos GNOME 3 e Unity. Eles queriam preservar a elegância de seu sistema e o modo familiar com que ele funcionava. Então eles deram início ao Projeto Cinnamon, que pegava o código do GNOME 3 e alterava-o para tornar algo mais similar ao GNOME 2.

Os esforços valeram a pena e hoje o Cinnamon é uma belíssima alternativa ao GNOME 3, sendo um pouco mais leve, requerendo pelo menos 512 MB de RAM para rodar bem, com efeitos bonitos e altamente customizável, com os chamados Desklets, que são uma espécie de widget, assim como no KDE.

MATE

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A interface MATE nasceu em agosto de 2011, alguns meses após o lançamento das primeiras versões do GNOME 3, como uma resposta ao caminho que os desenvolvedores do GNOME estavam tomando. Desenvolvida por um argentino conhecido como Perberos, e atualmente o desenvolvimento é liderado por Sefano Karapetsas, o projeto visa ser uma continuação da interface GNOME 2, conhecido em termos computacionais como um fork, assim como foi com Cinnamon e Unity. Utilizando os códigos originais do GNOME 2, os desenvolvedores utilizaram todas as aplicações que já estavam consolidadas pelo GNOME (Nautilus, Gedit, etc) e renomearam (Caja e Pluma, por exemplo), dando continuidade ao trabalho que era feito.

Atualmente, MATE é uma interface bem estável, bastante indicada para quem quer uma interface mais familiar e amigável, e claro, para quem adorava o GNOME 2, assim como eu.

Ela é geralmente mais leve que GNOME 3, Cinnamon e Unity, mas ainda deve requerer no mínimo 512 MB de RAM para rodar bem.

XFCE

xfceO XFCE é uma interface muito interessante e leve. Foi desenvolvida por Olivier Fourdan, com o objetivo de ser uma interface para rodar em computadores com menos recursos. As distribuições que apresentam a interface geralmente vêm com programas que consomem pouca memória RAM, já que o XFCE em si pode rodar em processadores antigos de pelo menos 500 MHz e com cerca de 256 MB de RAM.

Como foi feita usando GTK+ 2, a interface é muito similar ao GNOME 2, e muitas vezes foi utilizada em seu lugar, como é o exemplo das distribuições Xubuntu e Ubuntu Studio, ambas baseadas no Ubuntu e utilizam essa interface.

Também é altamente customizável, sendo possível acrescentar barras novas, novos itens nas barras e alterar a aparência do sistema e os ícones.

Não há uma grande desvantagem em relação ao XFCE que possa ser citada a não ser a pouca preocupação com os efeitos visuais em algumas distros, o que pode tornar o XFCE um pouco mais feio em relação ao KDE, GNOME, Unity ou Cinammon.

LXDE

desktop_full.previewO LXDE é uma interface muito leve desenvolvida com foco nos computadores antigos criado pelo taiwanense Hong Jen Yee. Segundo o website oficial do LXDE, a interface é tão leve que chega a rodar em um Pentium II 266 MHz com 192 MB de RAM com uma velocidade razoável, algo impossível para o KDE ou GNOME. Também há uma informação de que ele chega a rodar rápido em um AMD Athlon 1.6 de 1.4 GHz com 128 MB de RAM.

Desenvolvido usando GTK+ 2, a interface lembra um pouco o GNOME 2, e não possui grandes efeitos de tela, justamente para priorizar a velocidade, estabilidade e leveza da interface. Entretanto é altamente customizável.

OpenBox

Openbox-[2]O OpenBox é uma interface gráfica muito leve, escrita na linguagem C, e usando bibliotecas GTK+. Pode ser incorporada ao GNOME ou ao KDE. É altamente customizável, mas pode ser um pouco complicada e fora do comum para alguns usuários. Sua maior vantagem é poder rodar em computadores muito antigos como um 486DX com 16 MB de RAM.

 

Bom, aqui está um emaranhado bem explicado de algumas interfaces gráficas. Para encontrar a melhor, basta você testar e escolher. Não existe uma melhor que a outra, só a que melhor atende as suas necessidades.

Fica a dica,

Abraço!

Finalmente testando o GNOME-Shell


Eu primeiro gostaria de pedir desculpas aos leitores que acessam o blog pela demora na postagem, mas desde dezembro eu não tenho podido me dedicar a quase nenhum projeto por conta de uma grande oportunidade que me apareceu, e eu tive que me dedicar a ela… Mas enfim, vamos ao post!

Não sabe o que é GNOME-Shell, KDE, XFCE, LXDE? Clique aqui!

gnome-logoPor muitos anos eu tenho publicado todos os meus pensamentos nesse blog sobre as mais variadas distribuições, tenho testado interfaces gráficas diferentes. Já ataquei a Unity e passei então a gostar dela, já ataquei o KDE e então me acostumei; e inclusive ataquei o GNOME-Shell, mais conhecido como GNOME 3… mas será que dessa vez eu vou gostar disso?

Bom, pra começar eu “nasci” no Linux usando o GNOME. Minha primeira distro foi Ubuntu 8.10 Intrepid Ibex, que usava GNOME 2, e eu me apaixonei pela distribuição e pelo visual novo que trazia, já que era muito diferente do Windows que eu estava acostumado. Atualizei para a 9.04 Jaunty Jackalope, e fui gostando cada vez mais do Ubuntu. Até que o GNOME resolveu mudar de vez.

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Ubuntu 8.10 Intrepid Ibex

Os novos conceitos do GNOME 3 chegaram por volta do Ubuntu 10.04, e eu olhava para aquilo com muita desconfiança. O design na época não era tão moderno, e isso me deixava com receio da nova interface. O Ubuntu então lançou a Unity como interface padrão no Ubuntu 11.10, e muitas distros que eu gostava, como Fedora, OpenSUSE e Debian passaram a adotar o GNOME 3 em suas versões padrões. O Linux Mint se recusou a usar o GNOME 3, e desenvolveu uma interface derivada do GNOME 3 conhecida como Cinammon.

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Cinammon do Linux Mint

Naquela época o KDE tinha acabado de ir para a versão 4, e as versões iniciais (4.0, 4.1, 4.2) tinham problemas com a minha máquina, sem falar que eram muuuuuito instáveis. Eu decidi então testar o GNOME 3, pra ver se eu gostava. Mas ele ainda estava em versões iniciais, e teve problemas como o KDE. Eu até cheguei a baixar um CD do Fedora com GNOME 3, e também não funcionou. A Unity então tinha se tornado a única opção, pois o Cinammon do Linux Mint também era muito instável e, apesar de funcionar no meu computador, tinha muitos bugs e não me trazia a sensação do GNOME 2 com o qual eu havia me acostumado.

Acabei me acostumando com a Unity, tentei versões do KDE que funcionavam direito no meu PC, acabei gostando, pois estavam beeeeeeem mais estáveis e com muito menos bugs. E o GNOME 3 sempre foi preterido, pois eu ainda não tinha conseguido executar ele com sucesso. Um dos meus primeiros testes com sucesso aconteceu em uma máquina virtual, e o GNOME 3 ainda era bem ruinzinho, sem falar que ficava bastante lento rodando naquela máquina.

Então eu decidi baixar uma versão Linux que eu estava devendo revisar de novo, e baixei a versão com GNOME 3 para ver se estava funcionando desta vez na minha máquina. Afinal, já se passaram alguns anos, não é possível que ele não funcione agora! Então eu baixei o Fedora 20 “Heisenbug” com GNOME 3 para testar! Eis aqui:

Captura de tela de 2014-01-10 01:47:34A interface é bem limpa, sem nada na tela, sem muitas informações, apenas as informações necessárias compactadas. Quando levo o cursor no canto esquerdo superior da tela, perto de “Atividades” (não é necessário clicar) a interface se torna assim:

Captura de tela de 2014-01-10 01:50:53Outro fato que merece destaque é que as janelas também estão com menos informações: não há botôes de Maximizar, Minimizar, apenas o botão de fechar a janela:

Captura de tela de 2014-01-10 01:54:25Ainda assim é possível maximizar a janela movendo-a para cima completamente. Eu só não entendi muito bem a função daquele ícone que indica o programa, ao lado de atividades. Ele só indica a opção de sair, e não me parece muito útil, já que eu posso apertar o X para fechar a janela, e algumas vezes tem algumas opções para agilizar o processo, mas sei lá.

Em quesito de multitarefas, eu não tenho certeza como o GNOME 3 se sai, mas me parece que ele se comporta bem com múltiplas janelas, já que são necessários poucos cliques para ir trabalhando com uma janela e com outra, apesar de que deve ser entediante ter que ir em Atividades o tempo todo para escolher uma janela:

Captura de tela de 2014-01-10 01:59:11Eu também achei interessante o modo como compactaram as opções:

Captura de tela de 2014-01-10 02:00:49E como estão as configurações:

Captura de tela de 2014-01-10 02:00:59Mas no mais achei que a interface está bem rápida e estável e tanto ela quanto o sistema estão bem robustos. O único problema que tive foi no início, quando a tela de início do Fedora ficou um pouco escangalhada e eu tinha achado que o GNOME 3 ia me deixar na mão, mas o sistema logou certinho. Então acho que vou dar uma chance para o Fedora e para o GNOME 3, passar alguns dias utilizando-os para ver o que eu acho mesmo sobre o sistema e interface, e tentar me livrar do preconceito que tinha contra o novo GNOME 3. Fiquei bastante surpreso com o que descobri, e acho que dessa vez eu posso me render a mais uma interface.

É isso! Espero que tenham gostado. Comentem suas opiniões sobre interfaces gráficas e sobre o GNOME 3. Qual sua interface favorita? Por que a escolheu?

Até mais!

Linux em companhias ultrafamosas


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Algumas pessoas continuam relutantes em utilizar Linux e não veem por que utilizar o sistema livre e gratuito iniciado por um finlandês. Eles dizem que o Linux nem é tão utilizado assim, que a maioria das pessoas não usa, e que não sabe pra que utilizaria isso e blá blá blá….

Que a verdade seja dita: qualquer pessoa hoje em dia que queira trabalhar em grandes empresas multinacionais no ramo de tecnologia (ou qualquer outra coisa) deve saber lidar com o sistema do pinguim, amando-o ou odiando-o.

E, indiretamente, você já teve contato com muitos trabalhos que envolveram o sistema do pinguim em sua produção. O destaque desses trabalhos envolve filmes muuuuuito famosos, e já já vamos falar deles. Ou seja, Hollywood adora um pinguim! (E não é o Happy Feet ¬¬’)

Eu já citei, por exemplo, que a Google roda Linux em seus servidores e até mesmo nos computadores de seus funcionários (tá vendo aí a importância? Quer trabalhar na Google, use Linux), e até mesmo o Sistema Operacional para celulares da empresa o tão famoso e largamente utilizado em qualquer smartphone hoje em dia Android é baseado no sistema do pinguim.

Outro site que também citei que roda o pinguim em seus servidores é a Wikipédia, site este que está nos top 5 dos mais visitados do mundo.

Além disso, em filmes como A Rede Social, que retrata a vida de Mark Zuckerberg, criador do tão famoso site FACEBOOK, é possível notar que um sistema operacional com KDE (provavelmente Linux) foi utilizado para criar a rede social.

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Cena do filme “A Rede Social”

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Outra cena do filme

Se Mark utilizou mesmo o sistema e ainda o utiliza nos servidores do Facebook, é a algo a ser discutido, mas eu duvido muito que eles tenham posto o Linux ali por acaso, afinal ele era um estudande de Ciência da Computação em Harvard, então acho que é muito provável que ele utilizasse um sistema livre como o Linux.

Agora algumas empresas ultrafamosas no mundo que utilizam o sistema do pinguim para criar mega produções:

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PixarOh, sim! A desenvolvedora do primeiro longa-metragem de animação em 3D do mundo (que pra quem não sabe foi Toy Story) usa Linux desde sempre! Não só podemos falar, mas também mostrar com provas:

Menv_screenshot_2red-hat-pixarAs imagens em questão são do vídeo Meet the Experts: Pixar Animation Studios, The OpenSubdiv Project (Em Inglês)  publicado pelo canal oficial da Autodesk.

Inclusive há uma história engraçada sobre como o filme Toy Story 2 quase foi completamente perdido devido a um erro de backup e a alguém digitando comandos errados no servidor: http://www.youtube.com/watch?v=8dhp_20j0Ys (também em inglês)

 

Weta Digital

wetaPelo nome você não deve conhecer. Mas e se eu te disser que essa empresa é responsável pelas maiores revoluções na arte da computação gráfica, vencedora de 57 prêmios de diversas academias que envolvem a categoria. Quer algumas produções da empresa?

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  1. A Trilogia O Senhor dos Anéis, vencedora de 17 Oscars, sendo que os três filmes que compõem receberam prêmios de Melhores Efeitos Visuais;
  2. Mais recentemente a trilogia O Hobbit;
  3. Os Vingadores, um dos maiores filmes de 2012, que arrecadou mais de $ 1,5 bilhão e quebrou vários recordes na indústria cinematográfica;
  4. O recém-lançado Homem De Aço, novo filme do Superman;
  5. O também recém-lançado Homem de Ferro 3, o qual também foi um sucesso be bilheteria, arrecadando mais de $ 1,2 bilhões;
  6. E, não poderia me esquecer dele: Avatar , filme que representou uma revolução no quesito gráfico, e recebeu prêmios por Melhores Efeitos Visuais, além de arrecadar mais de $ 2 bilhões nos cinemas…

Uma lista completa dos filmes produzidos pela Weta Digital: http://www.wetafx.co.nz/features

E também, segundo o anúncio de Trabalhos no site da Weta, aqueles que desejam trabalhar na empresa devem ter algum conhecimento de Linux (http://www.wetafx.co.nz/jobs).

A Pixar e a Weta utilizam o sistema do pinguim por causa de uma coisa que os outros softwares proprietários não permitem: A liberdade.

Uma vez listei esta como uma das vantagens de se utilizar Linux em um post e recebi um comentário assim: “Liberdade? Pra quê? Se o que a grande maioria precisa só de acessar o Facebook. Me desculpa mas essa papo seu não convence.”

Não se trata apenas de liberdade em mudar o tema de seu sistema, não se trata de apenas deixá-lo mais bonito, mas ter a liberdade de conhecê-lo, de personalizá-lo até no modo como funciona, no seu código fonte, e é isso que as empresas buscam. Por quê?

Bem, leve em consideração o seguinte: para se renderizar uma pequena animação 3D leva um tempão, e é necessário máquinas poderosas para fazê-lo no menor tempo possível. Agora imagine ter que renderizar um filme inteiro como Avatar, ou Senhor dos Anéis, ou Toy Story, ou Os Incríveis, com o nível de detalhamento de cada um desses filmes! São necessárias milhares de máquinas que devem operar dia e noite sem travamentos, sem desligar, e muitas delas são tão potentes que Sistemas Operacionais comuns podem não funcionar corretamente, aproveitando o máximo delas.

E é aí que entra a Liberdade do Linux.

Com o Linux, as empresas podem editar os códigos fontes e personalizar o sistema ao máximo para cada máquina, tendo maior segurança de que o sistema não irá travar e funcionará com o máximo de performance possível.

E também é por isso que mais de 90% dos Top 500 Supercomputadores no Mundo rodam Linux.

Por isso, se você tem uma grande ambição na vida de trabalhar em multinacionais, comece já a lidar com o pinguim, porque ele vai ser determinante na sua vida profissional!

Extras:

WETA DIGITAL sobre Linux (Em Inglês): http://www.linuxjournal.com/magazine/emphasisthe-day-earth-stood-stillemphasis

Linux em Hollywood (Em Inglês): http://www.creativeplanetnetwork.com/dcp/news/linux-hollywood/44656

E também: http://www.linuxmovies.org/

Unity 8 e o novo Mir


Meus pesadelos mais obscuros estão prestes a se tornar realidade, e coisas que tanto critiquei agora farão parte de algo que tanto defendi.

O Windows 8 foi recebido com muitas críticas mistas, e até hoje não conseguiu abocanhar mais de 4% do mercado de aparelhos eletrônicos. E mesmo assim, a lição não foi aprendida por uma das empresas que mais admiro no mundo Linux, a Canonical, mantenedora do Ubuntu Linux. Muita das ações da Canonical eu já critiquei, como a mudança repentina para o Unity, que era muito instável na época, e quando a interface se estabilizou, eu fiquei um pouco mais flexível à mudança.

Mas desta vez, a Canonical introduziu o Unity Next… E está fazendo justamente o que eu mais temia… Segue aí um vídeo do Unity Next rodando sobre a nova plataforma conhecida Mir em que a Canonical está trabalhando.

Antes de mais nada, deixe-me explicar para os iniciantes do que é que eu estou falando, pra todos aqueles que viram o vídeo e não entenderam.

Por muitos anos, o Ubuntu utilizou uma interface gráfica conhecida como GNOME.

Suas variações, Kubuntu, Xubuntu, utilizavam interfaces diferentes (KDE e XFCE, respectivamente), mas isso não vem ao caso.

No ano de 2010, o GNOME passou por uma mudança drástica, que trouxe muitas críticas e desconfianças sobre a nova interface, conhecida como GNOME-Shell, ou GNOME 3.

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GNOME 2, o GNOME presente nas versões 4.10 e 10.10 do Ubuntu

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GNOME 3, ou GNOME Shell, o novo GNOME

A nova interface trouxe muita desconfiança, e a Canonical se pronunciou oficialmente, dizendo que estava quebrando as relações com o projeto GNOME. E com isso, o Ubuntu não estaria com o GNOME 2, nem GNOME 3. Eles fizeram um fork do GNOME, baseando-se num projeto que eles já usavam nas versões Ubuntu Netbook: o Unity.

No começo, o Unity utilizava boa parte do código do GNOME, e mais tarde se tornou uma interface gráfica independente.

11.04

Unity fazendo estreia como interface padrão no Ubuntu 11.04

12-04

Unity no Ubuntu 12.04

Eu comecei bastante desconfiado do Unity quando a versão 11.04 lançou, até fiz um post de primeiras impressões: https://livrelinux.wordpress.com/2011/04/29/primeiras-impressoes-ubuntu-11-04-natty-narwhal/

E também um pouco desconfiado no Ubuntu 11.10: https://livrelinux.wordpress.com/2011/10/15/ubuntu-11-10-review/

E finalmente cedi ao Ubuntu 12.04: https://livrelinux.wordpress.com/2012/04/23/novo-ubuntu-12-04-beta-2/

E há alguns dias atrás eu fiz um post sobre o paralelo entre Ubuntu e Windows 8: https://livrelinux.wordpress.com/2013/03/07/windows-8-despencando-ubuntu-agora-mirando-plataformas-moveis/

E com o vídeo do Unity Next e Mir, meus pesadelos viraram realidade.

Por quê? Oras! Simplesmente deem uma olhada em meu último post: Eu sou um Windows H8ter

Qual é a diferença entre o novo Unity Next e o Estilo Metro do Windows 8?

O Ubuntu está seguindo o mesmo caminho do fracasso que é o Windows 8. Eu sei que o Windows 8 não presta. Eu já usei… E eu não quero ter que dizer o mesmo do Ubuntu…

E antes de terminar o post, eu queria dar uma explicação rápida do que é o Mir de que eu falei no post, sendo que ninguém realmente percebeu o que eu quero dizer com isso. Bem, jovens gafanhotos, o Linux funciona em modo gráfico justamente porque existe um software que o permite existir em modo gráfico, e este software não é o Unity.

O Unity é a interface gráfica, e a interface gráfica sozinha não se comunica com o hardware, ele necessita de uma ajuda especial… Quem faz isso, no caso de muitos Linuxes, é um programa conhecido como X Window System (conhecido popularmente como X11 ou simplesmente X).

Mas de onde vem o Mir que você tanto fala?

Bem, como tudo no mundo Linux, há sempre uma alternativa para diversos softwares. Há quem diga que o X já não é mais tão poderoso, e vem apresentando diversos problemas, e é necessário trocá-lo. E diversas alternativas surgem, como o Wayland, que estava cotado para integrar o Ubuntu 12.04, 12.10 e até mesmo a versão 13.04. Mas o bom e velho X11 continuou. A Canonical disse que o Wayland ainda não estava maduro o suficiente, e decidiu botar a mão na massa.

Em vez de esperar pelo Wayland, eles decidiram criar seu próprio sistema gráfico, conhecido como Mir. Ao que me parece, o sistema está bem estável e funcional, como mostra o vídeo, mas mesmo assim, o Unity NEXT parece estragar toda a experiência.

Me parece que no futuro eu caminharei para o Kubuntu, ou então caminharei para mais um momento de “eu estava enganado sobre tudo aquilo que um dia escrevi…”

Fazer o que, né?

É a vida.

Novo Ubuntu 12.04 Beta 2


Já faz algum tempo que o novo Ubuntu 12.04 Beta 2 saiu, com diversas melhorias na Unity e me parece que é a última versão de testes. Os downloads da versão diária das imagens do Ubuntu estão aqui: http://cdimage.ubuntu.com/daily-live/current/

De uns tempos pra cá, eu fui aceitando cada vez mais o Unity, me entregando cada vez mais à beleza da interface. Tá certo que na versão 11.10 eu fiquei meio encucado com alguns bugs da interface, mas resolvi dar uma nova chance a Unity! Baixei hoje a imagem de 64 bits da Precise Pangolin, que é o codinome do novo Ubuntu 12.04. A versão final só está programada pra sair no dia 26 de Abril. Hoje é dia 22… não falta muito não.

Algumas das novidades do novo Ubuntu é a integração do painel esquerdo da Unity com o papel de parede, já que os botões transparentes mudam de cor de acordo com a cor predominante no papel de parede. Também agora, quando se instala algo na Central, aparece uma barra de progresso no ícone do painel. No ícone do Gerenciador de Atualizações também há um número no canto mostrando quantas atualizações estão disponíveis. É possível escolher o tamanho dos ícones no painel e também, quando a janela é maximizada, o painel esquerdo não se esconde mais.

Voltando então ao assunto, eu gravei a imagem num CD e fui testar em Live CD.

Fiquei realmente empolgado e gostei bastante do design maravilhoso do sistema. Mesmo sendo Beta, o sistema até está estável. Tive alguns problemas de fechamentos de programas inesperadamente, colocação de ícones no painel esquerdo, e até mesmo dificuldades para me adaptar ao Menu da Unity, mas nada que realmente travasse o sistema, afinal é uma versão Beta, este tipo de coisa é normal! Não encontrei os mesmos defeitos que me fizeram sair frustrado do Ubuntu 11.10!

Mas achei o sistema estável em si e gostei muito da experiência. Não cheguei a tirar o Live CD pra voltar pro Ubuntu 10.04. Instalei o Beta logo depois de concluir que o sistema estava bom!

Estamos a 4 dias do lançamento da versão final! Que mal tem instalar o Beta agora?

Eu caí na beleza da Unity, na versatilidade e usabilidade. Instalei diversos programas e tive pouquíssimos problemas, que já reportei, pois neste estágio os problemas são normais!

Agora, eu percebi algo nesta versão que eu já tinha lido antes: esta versão do Ubuntu está mais próxima do Windows 7 do que nunca em termo de consumo de hardware. Vi que logo no Live CD ele já consumia quase 1,2 GB de RAM só com o Firefox ligado. Se quiser utilizar o Ubuntu não tendo uma máquina muito boa, recomendo o Xubuntu ou o Lubuntu.

Todos os bugs de que reclamei no Ubuntu 11.10 foram resolvidos: o GIMP funciona normalmente por padrão, não há problemas com a troca de áreas de trabalho, o Krita não fecha mais inesperadamente e além de outros bugs bizarros. Acho que vou ficar algum tempo por aqui.

Meu desktop personalizado

Meu desktop personalizado

Valeu 10.04! Olá 12.04!

GNOME Clássico no Ubuntu 12.04!


Mais uma grande novidade vinda do site OMG! Ubuntu e Br-Linux!

O Gnome Clássico foi reformulado pela Canonical, que eu já critiquei na versão 11.10 por não nos dar a mesma experiência do Gnome 2.

Agora o GNOME 3 Clássico está mais parecido com o GNOME 2 tão conhecido e usado no Ubuntu até a versão 10.10!

Conhecido como GNOME “Fallback”, o projeto tem como intuito trazer de volta a velha interface do Ubuntu, sem Unity e sem GNOME-Shell. É uma bela sacada e vai ser muito um bom motivo para fazer as pessoas que deixaram o Ubuntu por causa do Unity voltarem a utilizar o sistema.

No site do OMG! Ubuntu há um botão para quem quiser instalar a interface nas versões de teste do Ubuntu 12.04 Precise Pangolin.

Por falar nisso, a versão Beta 2 do Ubuntu 12.04 sai dia 29 de Março, mas temos aqui as imagens .iso diárias para serem baixadas do Ubuntu caso você queira baixá-lo:

http://cdimage.ubuntu.com/daily-live/current/

Se não me engano a Canonical deve colocar a interface GNOME Fallback como opção para o Unity pré-instalada…

O Ubuntu 12.04 promete!

Coisas que você deve saber sobre o Linux


Tux, o mascote do Linux

Este post é direcionado às pessoas que conheceram o Linux recentemente e querem explorá-lo um pouco em suas máquinas. Um site para complementar meu post é este: Why Linux Is Better

Primeiramente: o que é Linux?

Linux é o nome geralmente dado a todos os sistemas operacionais baseados no “núcleo” (que cuida de toda a parte de hardware, é o coração do sistema) GNU/Linux. Muitos chamam erroneamente o Linux de Linux, pois o correto seria GNU/Linux, pois o núcleo só é o que é hoje por causa da contribuição dada pelo Projeto GNU e seu Sistema Operacional GNU.

O Linux (vou escrever assim mesmo) surgiu de um projeto de 1990 de um finlandês chamado Linus Torvalds de tentar “reproduzir” o Sistema Operacional Minix. O projeto deu certo e recebeu ajuda de muitos colaboradores.

O projeto foi liberado alguns anos depois, mas ainda era muito complicado para ser instalado, e por isso muitas pessoas atualmente que ouviram falar do Linux acham que ele continua tão complicado como era antes.

O projeto foi liberado sendo como código aberto e então qualquer um podia ajudar e fazer mudanças no sistema. Ele era gratuito e sob licença GPL.

Começaram a surgir derivações do projeto, e foi aí que começaram as famosas distribuições!

Importante: Linux é apenas o núcleo! Ele não é um Sistema Operacional por si só. Os Sistemas Operacionais são as distribuições, que utilizam o núcleo + S.O. GNU para fazer um sistema próprio!

As distribuições ou distros são todos aqueles sistemas operacionais personalizados que utilizam o núcleo do Linux.

As distribuições mais antigas ainda existentes nasceram em 1992 e são também umas das mais usadas: Slackware Debian.

O Slack surgiu alguns meses antes do Debian, por isso é a distribuição mais antiga ainda existente.

Alguns meses depois das duas surgirem, surgiu outra distro muito importante até hoje no mundo Linux: a Red Hat.

Quais são as diferenças entre cada distribuição Linux?

As maiores diferenças entre as distribuições no Linux são os conjuntos de pacotes utilizados por elas.

O Slackware, por exemplo, é conhecido por ser mais conservador e o meio de instalar pacotes é mais “na raça”.

O Debian é conhecido por utilizar o sistema de baixar pacotes aptitude e também o apt-get. Ele é o “administrador” do sistema, funcionando como instalador, atualizador e removedor de pacotes. Daí surgem os arquivos instaladores que recebem a extensão .deb, que se aproveitam do aptitude para instalar programas.

O Red Hat utiliza um sistema parecido com o aptitude, mas é o chamado yum. Por isso os arquivos instaladores que recebem a extensão .yum são utilizados no Red Hat. Não é possível instalar um pacote .deb numa distribuição Red Hat porque o .deb utiliza o aptitude, mas uma distro Red Hat não possui o aptitude e não é possível instalá-lo, e é uma das principais diferenças entre as distribuições.

Além disso há algumas pastas diferentes e códigos escritos pelos desenvolvedores e algumas aplicações que ajudarão na administração do sistema.

Um exemplo de aplicação especial de um sistema é o YaST da distribuição OpenSUSE. Ele é o administrador do Sistema, e se integra ao yum para instalar programas. É basicamente no YaST que se faz tudo no OpenSUSE.

O sistema é adaptado por quem escreve o código, não é tudo igual, sempre há leves diferenças, mas elas estão um pouco ocultas. O que pode fazer parecer que todas as distribuições são iguais são as interfaces gráficas.

O que são Interfaces Gráficas?

Fiz um post em 2010 sobre isso: leia aqui.

O que são repositórios?

Você pode me ver falando muito de “repositórios” no blog. Repositórios são outros fatores que diferenciam as distribuições. Eles são os pacotes disponíveis para download, disponibilizados pelos próprios desenvolvedores da distribuição. É uma forma mais fácil de encontrar e instalar programas na sua distro. O Debian, por exemplo, possui mais de 29000 pacotes disponíveis em seu repositório e é um dos maiores repositórios do mundo!

Como escolher uma distribuição?

Atualmente as pessoas desenvolvem distribuições para se adaptar aos seus gostos, e disponibilizam na internet. Por isso há um número incerto de distribuições Linux no mundo.

Não há como falar pra você utilizar uma distribuição que eu acho boa e você pode não gostar. É como se distribuição fosse algum tipo de comida, só come quem gosta. Se, por exemplo, eu te desse uma maçã e você não gosta de maçã, você iria rejeitar, não comeria. Comparando com uma distro: se eu te desse um CD com Ubuntu e você não gosta dele, você pode rejeitar, não instalar.

Algumas vezes o que leva uma pessoa gostar de uma distribuição é a estabilidade do Sistema em sua máquina, a facilidade de uso e até mesmo a interface gráfica instalada por padrão.

No Slackware, Arch Linux, entre outras distribuições, você pode escolher a Interface Gráfica e programas a serem instalados na hora da instalação, mas no Ubuntu, Fedora, OpenSUSE etc, você tem uma interface instalada por padrão, além de ter derivações deles com outras interfaces.

Cabe a você decidir a melhor distribuição pra você na tentativa e erro, testando cada distribuição e vendo seus pontos fortes e fracos.

E as distribuições são compatíveis com todos os computadores?

Algumas vezes acontece de uma distribuição não dar suporte direito a um determinado hardware. Depende muito do computador utilizado. As distribuições Linux hoje em dia, com o núcleo na versão 3.x, estão compatíveis com a maioria dos computadores, mas, por exemplo, se você pegar um Linux antigo, ele pode não ser compatível com um computador mais novo.

Vou citar um exemplo: o Ubuntu 10.04 não dá suporte padrão à mesa digitalizadora C3 Tech TB 141 que eu tenho aqui. Eu precisei instalar um driver, mas se você for pegar o Ubuntu 11.10, ele já vem com o suporte à mesa. É possível simplesmente plugar e usar o hardware.

Isso acontece também com algumas impressoras: é só plugar e usar. Não são todas!

Dependendo da distribuição, ela pode não reconhecer sua placa de vídeo, mas outra distribuição pode. Também depende da Interface Gráfica. Tem computador que não consegue rodar o KDE 4, por exemplo, ou o GNOME 3.

É possível instalar um programa do Windows no meu Linux?

Sim e não.

Primeiramente, devemos levar em conta que o Linux é um sistema COMPLETAMENTE diferente do Windows. Com certeza seu código deve ser 100% diferente do Linux, pois são desenvolvidos com bases diferentes! Não é possível rodar um programa Linux no Windows nem um programa Windows no Linux.

MAAAAS!

Existe um projeto muito interessante existente há mais de 15 anos chamado WINE!

O Wine é um programa de código aberto feito justamente para tentar diminuir as barreiras entre Linux/Windows. O que ele faz é simplesmente fantástico: ele pega o programa do Windows e tenta rodá-lo diretamente do Linux, sem precisar do Windows para isso.

Ele faz isso imitando as pastas do Windows, tentando imitar as dlls (imitando mesmo, pois a Microsoft os proibiu de utilizar as dlls do Windows original, então eles tiveram de escrever suas próprias dlls) do Windows para com que o programa pense que está sendo executado no Windows.

Em uma forma mais fácil de explicar: ele traduz a linguagem Windows pra uma linguagem que o Linux possa entender.

Porém, é um programa imperfeito, pois ele não pode utilizar nenhum código do Windows (apesar de que só a Microsoft sabe o código do Windows) e então ele tem que tentar enganar o programa, mas nem sempre dá certo.

Muitos programas não funcionam, há programas que funcionam parcialmente e há programas que funcionam maravilhosamente bem no Wine!

Já fiz diversos posts sobre o Wine no blog, então deem uma olhada neles: clique aqui.

O Wine também funciona nos sistemas BSD e Mac OS X.

Site: www.winehq.org

É indispensável pra quem busca uma compatibilidade com o Windows.

Há jogos para Linux?

Sim!

Bom, apesar de haverem poucos jogos, eles existem. Muitos não estão nos repositórios, mas há um bom número de joguinhos para Linux. Infelizmente, há muitos títulos grandes que só possuem versões para Windows e Mac, como The Sims, Spore, entre outros.

Porém, o Wine é uma alegria! Ele consegue não só executar programas, ele também executa jogos! Counter Strike, World of Warcraft, StarCraft, Final Fantasy XI Online, Guild Wars, Left 4 Dead, Warcraft III, The Elder Scrolls IV, entre muuitos outros jogos, estão na lista de platina Wine, rodando com perfeição.

Fiz um post com apenas poucos jogos para Linux: clique aqui.

Além disso, você pode querer conhecer o GameTree, um “Wine” voltado especialmente para jogos e que roda um bom número deles: clique aqui.

Linux é gratuito?

Depende da distribuição!

Ubuntu, Fedora, Debian, Arch Linux, Slackware, Big Linux, KDuXP, OpenSUSE, Linux Mint etc. são todas distribuições gratuitas! Você pode baixá-las diretamente do site oficial sem pagar absolutamente nada e gravá-las em um CD de 700 MB (que geralmente custa pelo menos R$ 1,00 ou menos) e pronto! Usufruir de tudo o que o Linux te propõe.

Porém, há pessoas que vendem CDs da distribuição e isso não é errado. Na verdade é permitido pela licença GPL sob a qual está a maioria das distribuições. A Canonical, distribuidora do Ubuntu, vende CDs do Ubuntu por £5,00 como forma de levantar dinheiro, de se manter. Além disso eles também vendem camisas e acessórios Ubuntu.

Já o Debian tem vendedores de CDs que cobram pelo menos 12 dólares por 4 DVDs da distribuição.

Apesar de tudo, é completamente permitido você fazer o download do site oficial sem pagar nada, tudo porque esse é o principal objetivo do Linux. A venda não é proibida, pois os desenvolvedores não descartam o dinheiro por nada, já que é inegavelmente preciso para sobreviver.

Já a distribuição Red Hat, sendo uma distro voltada às empresas, cobra por uma versão Desktop ou Servidor, prestando assistência à empresa.

Com isso, esbarramos em mais outro ponto: o suporte.

Muitas vezes as desenvolvedoras cobram pelo suporte oficial à sua distribuição. A Canonical faz isso. Mas você também possui o suporte online gratuito, nos fóruns e comunidades das distribuições.

Mas mesmo assim, é muito melhor pagar no mínimo R$ 10,00 por uma distribuição Linux do que pagar R$ 649,00 pelo Windows.

O Linux tem vírus?

É uma pergunta com respostas meio contraditórias. A verdade é que o Linux possui sim vírus. Maaaaas! Eles são pouco disseminados, já que 90% dos computadores do mundo utilizam Windows, o alvo maior é o sistema da Microsoft e não o Linux.

Além disso há desenvolvedores de vírus para Windows que utilizam o Linux para esse fim.

Mas você pode ficar até tranquilo: O Linux possui um sistema inteligente de permissões que não permite que qualquer programa destrua o seu computador. No máximo, o que um vírus poderia fazer com seu computador é apagar algumas pastas da pasta do seu usuário, mas ele jamais destruiria seu sistema a não ser que você o autorizasse a fazê-lo.

Além disso, por ser de código aberto, o Linux é constantemente olhado por desenvolvedores que procuram falhas de segurança e se encontram uma logo a corrigem e lançam uma correção. É realmente difícil encontrar uma falha.

É possível utilizar o Linux sem um Antivírus instalado sem problemas…

Espero realmente que o post tenha sido útil e que supra as dúvidas da maioria dos iniciantes.

É um post longo, mas acho que vale a pena ler.

Abraços…

Fedora 15 KDE


Já passei de distribuição em distribuição, já instalei Ubuntu, Kubuntu, Xubuntu, OpenSUSE, Linux Mint, KDuXP no meu PC, mas todas começaram a bugar com o tempo ou eu comecei a enjoar dessas distros.

Acho que já revelei aqui que anteriormente tive experiências muito ruins com o KDE 4, e uma de minhas únicas experiências bem sucedidas com o KDE foi utilizando o Big Linux 4.2 com KDE 3.5. Nas outras, o Kubuntu foi a vítima e sempre apresentava algum tipo de bug com o KDE.

Bom, nesta semana o meu querido Ubuntu 11.10 com Unity começou a bugar, bugs bobos, mas irritantes. O Krita fechava inesperadamente, o GIMP não funcionava direito, o Unity se recusava em me obedecer… enfim, bugs muito bobos, mas que me levam a um ataque de nervos. Já mencionei que usar o GNOME Clássico não tem o mesmo gosto de antigamente, então já descartei o GNOME Clássico. Também mencionei que o GNOME-Shell tem uma birra com a minha máquina, então já descartei também. O Unity, como tinha começado a bugar, não estava mais conseguindo utilizá-lo, descartado logo de cara.

Eu precisava então de uma outra opção. Procurei no Ubuntu alguma forma de instalar o KDE, pra ver se eu conseguia usar o sistema. Procurei na internet, mas li testemunhos dizendo que o sistema ficava instável e pesado com tantos arquivos do KDE/GNOME e que compensava mais instalar o Kubuntu. Eu até tentei baixar o Kubuntu, mas sei lá o que aconteceu com meu Firefox que deu como terminado a .iso, sendo que ele tinha baixado apenas 270 MB dos 700 MB que é a .iso do Kubuntu 11.10.

Então, eu pensei em outra solução, pensei em utilizar um sistema diferente do que eu estava acostumado: o Fedora. Já tive experiências não muito boas com o LiveCD do Fedora 14, por não conseguir executar nada, mas resolvi dar outra chance ao sistema. Eu já tinha em mãos um CD que eu tinha baixado para testes do Spin do Fedora 15 com KDE, pois com GNOME 3 (o GNOME-Shell) o sistema se recusou a iniciar.

Testei a LiveCD por um bom tempo, pra ver se era realmente sustentável ficar com o sistema e, assim que confirmado, resolvi instalá-lo. A instalação foi simples e rápida, acho que a única complicação para outra pessoa que fosse instalar o Fedora que não fosse eu seria que o sistema estava todo em inglês, inclusive a instalação, mesmo que você selecionasse Português-Brasil.

A rapidez me surpreendeu e eu reiniciei o computador. Lá pedia pra configurar a senha de root, meu usuário e talz e depois eu poderia logar no Fedora. Tudo sem a mínima complicação. Porém tudo em inglês. Pra mim não é problema, mas para outros que não entendem a língua poderia ser. Ajustei-me como desejava: instalei o Firefox (o navegador padrão é o Konqueror), instalei o GIMP (que por sinal funciona perfeitamente bem aqui!), instalei o Krita (que fecha inesperadamente mesmo no KDE) e mais alguns plugins, além de tentar deixar o sistema em Português-Brasil, mas por algum motivo o sistema ficou em Português-Portugal. Ativar os efeitos foi fácil.

Meu desktop no Fedora 15 KDE

Enfim, o Fedora com KDE está muito bom e a experiência até agora é a melhor que eu já tive com o KDE 4.x, não tenho mais nada contra o Fedora, mas também não vou deixar o Ubuntu de lado. Devo instalá-lo no VirtualBox pra continuar falando de Ubuntu, continuar com o Guia do Iniciante em Ubuntu, mas enquanto o Fedora estiver estável, ele vai continuar sendo o único Linux instalado em definitivo no meu PC. Posso até explorar novos horizontes, como o OpenSUSE KDE, Arch Linux, mas por enquanto tô com o Fedora e pode ser que venham tutoriais e até um “Guia do Iniciante em Fedora”…